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Foto do escritorGiselly Vitória

"O UNDERGROUND BAIANO É LUTADOR E FIEL", FALA DYULLE, VOCAL DA ESPINHOS E ROSAS

A trajetória através da cena independente baiana e futuros lançamentos estiveram em pauta

Espinhos e Rosas. Foto por Danilo Oliveira

Conversamos com Dyulle Ribeiro, vocalista da banda de metal baiano, Espinhos e Rosa. Bem-humorada, a artista nos apresentou o grupo, falou sobre as origens, sonhos, obstáculos em meio a pandemia, e o benefício das plataformas digitais para as bandas underground, principalmente hoje em dia em que o contato cara a cara com o publico está impossibilitado no momento.


A banda foi formada em 2007, e começou alternando o pop rock entre covers e canções autorais nos festivais estudantis de escolas soteropolitanas. Dois anos após a formação, Espinhos e Rosas se inscreveu para a primeira edição da Oficina Palco do Rock, conquistando a 2ª posição. E em 2017, o grupo performou no maior evento de rock baiano independente, o Palco do Rock, e deixou sua marca como a única banda com vocalista feminina no dia do evento.

Logo do festival Palco do Rock

"Com a saída do primeiro baterista deixa a banda fora do cenário underground baiano só retomando as atividades 5 anos depois. A volta aos palcos se realizou em 2015 com força total, tocando nos lugares famosos do independente rock soteropolitano", comentou a banda. Desde então, a Espinhos e Rosas está trabalhando visando lançamentos para ainda este ano.


E recentemente, a banda lançou o single "Quem Disse a Você", música com influências regionais mescladas com metal que estamos habituados a ouvir. A canção é uma forma de negar os estereótipos que geralmente são comuns ao discutir sobre a notoriedade da cena nordestina. Atualmente a banda é formada por Dyulle (vocal) , Uiler ( guitarra), Herbert (guitarra) , Flávia (bateria) e Bruno ( baixo).




Confira o nosso bate-papo:




ROCK EM SÍNTESE - Como surgiu a banda?

DYULLE RIBEIRO - Surgiu no ano de 2007, éramos uma banda adolescente, mas queríamos viver de música.



ROCK EM SÍNTESE - Por que optaram por “Espinhos e Rosa” como nome da banda?

DYULLE RIBEIRO - Eu sempre quis algo comercial, e plural, que todos pudessem usar sem separar do feminino e masculino.



ROCK EM SÍNTESE - Quando vocês realmente perceberam que a banda daria certo?


DYULLE RIBEIRO - No álbum recomeço, nós entendemos que depois da ali não podíamos voltar nenhuma casa para atrás.



ROCK EM SÍNTESE - Quais são os objetivos a serem conquistados pela banda?


DYULLE RIBEIRO - Com certeza o objetivo principal é conquistar o Brasil, não importa o caminho , seja difícil ou estreito , estamos determinados a isso.



ROCK EM SÍNTESE - Vocês mesclavam entre o autoral e o cover. Quais covers vocês faziam?


DYULLE RIBEIRO - No início da banda, tocávamos pop rock, Depois com a maturidade vindo, tocávamos Led Zeppelin, AC/DC, Queen, Pitty, CPM 22, e por aí seguindo.



ROCK EM SÍNTESE - Como é a cena do rock independente em Salvador?


DYULLE RIBEIRO - Eu digo que é luta diária que só você faz acontecer , porque estamos na terra do axé, buscando espaço para rock então o underground baiano é lutador e fiel .



ROCK EM SÍNTESE - Quais diferenças vocês percebem entre as primeiras apresentações da Espinhos e Rosa com as apresentações atuais?


DYULLE RIBEIRO - Eu honestamente não me reconheço nas apresentações antigas ( risos), acredito que a maturidade musical, a autocrítica e o estudo da música para a banda, nos fez abrir os olhos para o melhor, a abertura de mente para o novo, para a necessidade da mudança nos fez hoje o que somos, e fico feliz por toda essa trajetória.



ROCK EM SÍNTESE - Vocês acham que o mercado de streaming ajuda nas divulgações de bandas independentes, principalmente durante essa pandemia? Qual a opinião de vocês sobre isso?


DYULLE RIBEIRO - Sim, as plataformas digitais foram de importância para nós, nos adaptando a nova realidade, claro que ser uma banda independente gera custos, porém os benefícios também são a consequência desse retorno, abertura de novas oportunidades e reconhecimento se torna o início do objetivo a ser alcançado.



ROCK EM SÍNTESE - Quais as expectativas para este ano?


DYULLE RIBEIRO - Boa pergunta (risos), a primeira expectativa é se manter vivo (risos). A segunda é tentar ainda driblar a pandemia de uma maneira criativa, e aproveitar o momento para novas canções e aberturas e novas oportunidades com certeza.



ROCK EM SÍNTESE - Como vocês definem a banda?


DYULLE RIBEIRO - Bom, atualmente acho que está para hard rock com heavy metal... Vamos ver os próximos EPs, e o que seremos lá na frente.



Confira um dos últimos lançamentos da banda:


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