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"NEM SEMPRE É MÉRITO OU SORTE. CONTATOS SÃO ESSENCIAIS", DIZ VOCALISTA DO PURE HATE

O primeiro álbum da banda está à caminho, e deve chegar às plataformas digitais ainda no primeiro semestre

Pure Hate / Divulgação. Foto: Alex Walker

Conversamos com Pedro Eduardo, frontman da banda alagoana de metal, Pure Hate. No bate-papo, pudermos saber sobre as opiniões do músico em relação aos valores do underground brasileiro e a falta de apoio da mídia local para com as bandas da cena. Sobre a banda, ele nos contou que muitas novidades podem surgir ainda este ano, entre novas canções e merchandising.


O grupo possui quatro singles lançados entre 2019 e 2020, e pretende lançar o álbum de estreia ainda este ano. Som agressivo e vocais rasgados são algumas das marcas do Pure Hate na cena underground maceioense. Quando perguntado se há chances de lançamento do álbum de estreia em 2021, Pedro comentou, "Com certeza. Na verdade essa é uma das nossas pretensões".


Pure Hate é composto por Pedro Eduardo (vocal e guitarra), Luiz Ferreira (guitarra), Daniel Sarmento (baixo) e Hudson Feitosa (bateria). E uma curiosidade é que, além de trabalhar com a música, ele têm profissões formais. Pedro é enfermeiro, Hudson tem uma loja virtual de eletroeletrônicos, Luiz é Designer Gráfico e Daniel é servidor público.



Confira a seguir, o nosso bate-papo:


ROCK EM SÍNTESE - Como e quando vocês decidiram criar a banda?

PEDRO - Tudo surgiu num encontro inusitado entre o Luiz e eu. Embora, na época, não tivéssemos tanta aproximação, e mesmo na correria daquela situação, paramos e conversamos rapidamente sobre nossos projetos. Comentamos também, sobre o quanto era difícil montar uma banda com pessoas que compartilhassem da mesma "vibe" e que desejassem realmente levar o trabalho à sério. Percebemos então, que o sentimento era mútuo e, por isso, trocamos contato. A partir de então, começamos a desenvolver esse projeto que terminou se transformando na Pure Hate.

ROCK EM SÍNTESE - Por que optaram por Pure Hate? Qual o significado por trás da escolha?

PEDRO - Tínhamos alguns nomes em mente, e todos tinham uma pegada impactante e com algo nas entrelinhas mas, Pure Hate ganhou na votação. Não é nossa intenção guardar ou alimentar um sentimento de ódio por nada e por ninguém, mas sim, descarregar essa suposta agressividade em forma de música, que é a nossa arma contra tudo que acreditamos que faça mal à humanidade e ao universo. Uma curiosidade, é que um meliante da cidade (Maceió) estava foragido e virou manchete de jornal. O seu vulgo era “Puro Ódio". A história nos chamou a atenção e despertou para a escolha do nome da banda (risos). Na verdade, resolvemos adotar o nome com o intuito de dar um outro sentido à expressão que, embora pareça negativa, nos possibilitou expressar revolta e indignação em forma de arte.

ROCK EM SÍNTESE - O que falta para a cena underground ter mais valor no Nordeste?

PEDRO - O underground, no contexto artístico, é muito rico e serve como base, inclusive, para o mainstream. Acredito que as bandas precisam “arregaçar as mangas” e continuar trabalhando duro. Acreditamos que inovar é essencial e reconhecemos que tem sido feito pela maioria, porém, não se pode dizer que o underground é composto apenas por bandas. Deve-se ressaltar que a cena é composta principalmente pelo grande público, pois sem o público não há cena. Não há movimento. Por outro lado, um grande problema que deve ser reconhecido é a falta de espaço para os shows. Infelizmente está cada vez mais reduzido o número de locais que acolham esses eventos ou até mesmo produtores que invistam no underground. Ainda bem que os poucos que fazem, fazem de verdade!



ROCK EM SÍNTESE - Vocês acham que existe um certo preconceito da mídia local para divulgar bandas do gênero?

PEDRO - É fato que a mídia local não procura bandas do gênero, e isso deve ser dito. No mínimo, a pessoa tem que "ralar peito" e se possível ter alguém conhecido para dar aquele "empurrãozinho" para sua banda aparecer. Nem sempre é mérito ou sorte. Contatos são essenciais. O que a mídia costuma divulgar são coisas mais "fáceis de digerir" e com maior aceitação da massa. No caso, esse trabalho fica por nossa conta, no modelo "faça você mesmo", ou por oportunidades como esta, proporcionadas por pessoas que também fazem pelo underground.

ROCK EM SÍNTESE - Como está sento o processo de divulgação dos singles durante a pandemia?

PEDRO - Optamos por lançar os singles sempre acompanhados de algum material visual, seja Lyric video ou videoclipe. Isso foi realizado em um espaço de tempo significativo, dando tempo para o público conhecer melhor a nossa música e, simultaneamente, o processo de produção. O nosso trabalho musical e visual é independente e requer grandes esforços, principalmente com relação à recursos financeiros. Sendo assim, otimizamos nosso tempo e dinheiro, sempre nos adaptando à nossa realidade. No fim das contas, tudo tem sido bem positivo.

ROCK EM SÍNTESE - Quais as expectativas da banda para esse ano?

PEDRO - A principal expectativa é o fim da Pandemia, uma vez que todos os mercados, inclusive o da música, têm sido muito impactados por essa condição. Nosso álbum está quase finalizado e está previsto para sair no início desse ano de 2021, porém sem data definida, mas, logo estará disponível. Estamos empenhados em produzir mais material de vídeo e merchandising, o que nos ajudou bastante até aqui. À propósito, aproveitamos para pedir que vocês nos procurem nas redes sociais, adquiram nosso material e, com certeza, tudo será convertido em mais trabalhos, pois, não podemos deixar de produzir e o principal, fazer shows. Temos algumas propostas, queremos e precisamos ganhar a estrada. Tudo depende do bom tempo que está por vir se a humanidade se permitir cooperar.


Assista ao videoclipe oficial de pandemônio, single recente da banda Pure Hate:


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