top of page
  • Foto do escritorGiselly Vitória

VENUZ: DIRETAMENTE DE UM GRUPO DO FACEBOOK AOS PALCOS DA CENA

Novo projeto intitulado "HEL" será lançado em três atos

VENUZ / Divulgação

Para conhecermos um pouco da trajetória da banda Venuz, conseguimos ter um bate-papo com as integrantes. Carismáticas, conversaram sobre a forma inusitada a qual se tornaram uma banda, as influências, a pandemia e mensagens que eles buscam transmitir aos ouvintes através de cada canção.

A banda pretende lançar o álbum "HEL", sucessor de "rebELA", no início do próximo ano. As divulgações das canções serão feitas gradativamente, agrupadas em três atos com três músicas cada. Segundo elas, "HEL" será bem diferente que o trabalho anterior, por se sentirem mais maduras na indústria musical.


Após o hiato, a banda passou por algumas baixas na formação, mas que logo conseguiu se recompor. "O ano de 2020 foi marcado por muitas mudanças na formação, sendo a mais importante a saída da baterista Juliana Valente, que também fazia parte desde a primeira formação. Foi em meio a pandemia que graças a amigos próximos chamamos a Natália Melo para um teste e nos apaixonamos", ressaltaram.


Atualmente, a Venuz é composta por Aila Dap (vocal), Renata Vianna (guitarra), Carol Guterres (baixo) e Natália Melo (bateria).



Confira a seguir, o nosso bate-papo:



ROCK EM SÍNTESE - Como Surgiu a banda? VENUZ - A banda surgiu em, pasme, um grupo de Facebook. Renata, que já havia tido uma banda, resolveu buscar num grupo que o intuito era procurar e juntar bandas, o match perfeito. FPo quando encontrou o post da Jack, nossa fundadora e ex-guitarrista/compositora/backing vocal. Elas estabeleceram contato e logo marcaram um ensaio. A proposta dela era montar uma banda só de mulheres com o nome de Planeta Vermelho, pois a mesma havia recebido esse sinal de um sonho. De pronto a Re chamou uma amiga antiga para ocupar o posto da bateria, a Ju, que consecutivamente chamou uma amiga baixista, enquanto a Jack também acionou uma colega uma vocalista. A baixista e a vocalista iniciais ficaram pouco tempo na banda, e mais testes foram necessários, e mais uma vez com o Facebook nos ajudando. Aila chamou a atenção das integrantes devido seu potencial não só como vocalista, mas também como performer de pole dance e quando ela entrou na banda, o nome do grupo tinha acabado de mudar (para Venuz).



ROCK EM SÍNTESE - Por que "Venuz"?


VENUZ - A ideia foi adotar o nome de Venuz, em referência à deusa greco-romana da sexualidade e feminilidade e também ao planeta com a atmosfera mais densa e pesada do sistema solar, a estrela mais brilhante.

ROCK EM SÍNTESE - Como está o processo de adaptação à pandemia? VENUZ - A falta de shows torna o processo mais difícil em vários aspectos. Sempre é uma realização pessoal tocar para o público, então bate a saudade do palco. No início, no primeiro lockdown, precisávamos gerar conteúdo para participar de alguns eventos online que fomos convidadas, tivemos que investir em equipamentos para gravação e com isso aprendemos muita coisa, tivemos muito trabalho. E agora, com material novo, só é possível saber a reação de quem ouve a banda através desses meios virtuais. Por outro lado, em termos de composição, este período tem sido extremamente proveitoso e criativo. Nossa vocalista é quase uma maquininha de composição, e temos trabalhado muito nos arranjos, trazendo novos instrumentos e evoluindo em técnica.

ROCK EM SÍNTESE - Vocês tiveram um hiato que proporcionou algumas mudanças na

banda. O que aconteceu durante esse período?


VENUZ - Tivemos algumas mudanças na formação, mas nenhuma delas por brigas internas, e sim por motivações pessoais. Buscamos somar nossos sonhos, e para isso devemos estar todas na mesma sintonia. A saída das integrantes no ano passado se deu de maneira pacífica, pois entendemos que seria melhor para ambas as partes, confiando que novos caminhos seriam mais prósperos para todas nós. Com a entrada da Nat pudemos trazer alguém que estivesse 100% disposta a vivenciar nossos sonhos e desafios. Também optamos pela formação com uma integrante a menos, sem a guitarra base, por questões logísticas e também pela mudança na proposta de som.

ROCK EM SÍNTESE - O que podemos esperar do álbum “HEL”?

VENUZ - Muita intensidade! É um álbum que se constrói em torno de três temas nada rasos: destino, desejo e morte. Todos eles, em alguma medida, aparecem na vida das pessoas, às vezes acompanhados de certo mistério, ou mesmo temor. Podem esperar também por influências musicais de outro país, assim como composições em outros idiomas. Há muito o que explorar, e é assim que Venuz retorna: com mais subjetividade e técnica, mas jamais deixando de lado a verdade e a energia presentes nas letras e melodias.


ROCK EM SÍNTESE - Por que vocês decidiram dividir o álbum em três atos? Qual o

propósito pro trás?


VENUZ - Na vida tudo começa com o Destino, ainda que não seja possível afirmar que nossas histórias já estejam escritas em algum lugar. As coincidências e os acasos nunca parecem ser despropositais, se chegamos a algum lugar é porque nos deparamos com caminhos a serem escolhidos. O que move nossas escolhas, por sua vez, é o Desejo. É a maior força motriz na vida de alguém qualquer tipo de desejo, seja ele de prazer, vingança, cobiça... O desejo de cada indivíduo forma seu livre arbítrio de decidir qual destino tomar. Mas o fim de tudo é sempre o mesmo: a Morte. E nem sempre de uma forma negativa, temos que saber lidar com o ciclo da vida. Essa é a proposta de "HEL", a anfitriã do inferno nórdico, que traz paz às almas que já cumpriram sua jornada terrestre. Através dessa divisão lançamos os nossos singles em 3 arcos diferentes, buscando despertar nos ouvintes a percepção gradativa acerca de tais assuntos.


ROCK EM SÍNTESE - Qual é a maior influência sonora para a Venuz? E por quê?


VENUZ - A Venuz é um pouquinho de cada integrante, ainda que cada uma seja bem diferente. E isso é ótimo, pois promove autenticidade, transformando numa sonoridade única. Cada uma traz um pouquinho de suas influências, Renata é mais Hard Rock, Carol é mais eclética, Aila curte umas coisas sombrias e bem alternativas, já Nat é fã de músicas nacionais, isso tudo se mescla em numa mistura mágica. O produtor musical, Chico, é bem voltado para o rock clássico e também agrega muito com essa pegada. Como influências em comum a banda concorda que Luxúria, Pitty, Rita Lee, The Runaways, The Pretty Reckless e Courtney Love são grandes influências unânimes para as 4. Tais artistas e bandas têm em comum o empoderamento feminino, pois são bandas lideradas por mulheres, que abordam temáticas femininas e feministas.


ROCK EM SÍNTESE - Qual mensagem por trás das composições que vocês tentam

passar aos ouvintes?


VENUZ - Invistam nos seus sonhos, corram atrás dos seus desejos, a vida é curta e nada é impossível, basta querer e seguir sua intuição. Para as mulheres, um recado especial: o lugar da mulher é onde ela quiser, independente do que os outros dizem, sua vida quem faz é você.

ROCK EM SÍNTESE - Quais são as expectativas em relação ao novo álbum? Há previsão

de lançamento do álbum completo?


VENUZ - Esperamos que muito mais pessoas conheçam nosso trabalho e que nossos materiais causem nelas a mesma sensação incrível que sentimos aos produzí-los. Se tudo ocorrer como planejado, lançaremos os singles do ato dois no segundo semestre de 2021 e os do ato três no início de 2022.


ROCK EM SÍNTESE - Como vocês definiriam a Venuz para os fãs e para os novos ouvintes?


VENUZ - Uma banda formada por mulheres, que querem reaquecer o rock nacional. E como todas bandas, temos diversas facetas e buscamos produzir trabalhos diferentes, porém sempre com a mesma identidade e bandeira de igualdade e inclusão. Vocês verão por aqui uma variedade de assuntos e também muita evolução ao longo do tempo.


Confira o último webclipe da Venuz intitulado "Sorte", lançado ontem na live do Unidas in Rock:


46 visualizações0 comentário
bottom of page