Este projeto mostra que o grupo usufrui influências, sem deixar a originalidade de lado, do gênero que bombou nos anos 90 e 2000
Na última sexta-feira (18), a banda de nu metal brasiliense, Escolta, lançou o EP 'Ser Fênix', segundo material de estúdio. Influências do rap de rua e da brutalidade potencial do gênero, o projeto promissor inaugura a nova fase — e formação do grupo — com som amadurecido, nostálgico e singular que, totalizam seis faixas inéditas.
A produção do disco conta com a participação de Ricardo Ponte, nome presente em trabalhos renomados de bandas como Scalene, Dona Cislene, Lupa, entre outras. Pontes poliu a sonoridade da Escolta, assim a modernizando, sem perder a essência.
Com rimas e poesia, o novo material aborda temas cotidianos que compõem as vastas situações presentes na sociedade brasileira. E, segundo os integrantes, "Fala sobre reinvenção, tomar o controle da situação, revolta contra injustiças entre outros temas abordados pelo MC que lidera a banda, Agga", afirmam.
Após baixas na formação, a chegada de novos integrantes fez o grupo recuperar o prazer de retratar a realidade através da composição e então, conseguir presentear fãs e ouvintes, com um EP produzido em alto nível de autenticidade. A agressividade instrumental aliada ao vocal mutável — ora singelo, ora brutal — que acompanha a revolta presente nas letras, deixa o receptor da mensagem estático com o bombardeamento de argumentos poéticos dos quais, infelizmente, temos vivenciado.
Além da produção e mixagem de Ricardo Ponte, o projeto tem a colaboração de Pedro Gontijo, integrante da banda Imortal Joe, que participa da faixa 'Afronta'. Escolta une as rimas na 'ponta da língua' ao vocal rasgado de Gontijo que, juntos, resultam uma das melhores canções do EP.
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