A banda vem preparando terreno para desbravar o território nacional pela primeira vez
No início do ano, pudermos ter um bate-papo com Evandro Bezerra, guitarrista e fundador da banda de progressive death/thrash metal, Apokrisis. A conversa revelou idas e vindas de integrantes, conquistas recentes e projetos relacionados a uma futura turnê que marcará a estreia do grupo nos palcos da vida.
Natural de São Paulo, Apokrisis foi fundada em 2007, por Evandro e pelo atual vocalista Rodrigo Sanner. Apesar de ser relativamente nova no mercado, o grupo já coleciona altos e baixos na estrutura de membros, mas nada que os impedissem de continuar sonhando em conquistar um espaço na cena do metal autoral nacional.
Desde 2013, a banda mantém a mesma formação; composta por Rodrigo Sanner (vocal), Evandro Bezerra (guitarra), Emerson Soares (baixo) e Alexandre Tamarossi (bateria).
Mas somente após dez anos de banda, a Apokrisis lançou seu primeiro projeto autoral, intitulado "Quantum Messiah" (2017). O trabalho foi bem recebido pela mídia especializada e pelo público-alvo. No ano seguinte, "Memories" (2018), foi lançada, e obteve a mesma resposta positiva que o single anterior.
E, em 2020, a Apokrisis finalmente lançou, de forma independente, o álbum de estreia, o "Misanthropy", que, recentemente, foi relançado pelo selo internacional UNP Music. Após o relançamento, o grupo vem recebendo destaque na cena do metal.
A seguir, confira o nosso bate-papo com Evandro, guitarrista da banda:
Rock Em Síntese - Como a banda foi formada? Quem deu o 'pontapé'?
Evandro Bezerra - A banda foi formada por Rodrigo e eu (Evandro). Já tínhamos tocado junto em outra banda no ano de 2005, porém essa banda não deu certo na época. No ano de 2007, ele entrou em contato comigo novamente, querendo montar uma nova banda e me chamou para fazer parte. De início, a ideia era tocar covers de bandas que gostávamos como Arch Enemy, Death, Slayer... Porém, pouco tempo depois, começamos a compor nossas próprias músicas.
O que inspirou o nome da banda?
A ideia do nome veio por parte do Rodrigo. "Apokrisis" vem do grego antigo que significa "revelação", no sentido de apocalipse. Ah!, o apocalipse é chamado também "livro da revelação", o nome vem disso.
Quais as dificuldades que marcaram o início da jornada musical da Apokrisis?
Nossa maior dificuldade, que influenciou muito na história da banda, foi justamente a permanência dos músicos na formação. Sempre tivemos o problema de manter uma formação por um tempo, demoramos anos para encontrar um baterista e um baixista que realmente aceitassem a proposta de som que a banda fazia. E, foi somente em 2017, com a entrada do Alexandre na bateria, que conseguimos uma formação na qual conseguimos gravar um registro de forma oficial.
Quais diferenças vocês notam em relação à produção e composição do single "Quantum Messiah", lançado em 2017, para "The Psalm Of Mankind Decadence" (2020)?
As diferenças entre esses dois singles são principalmente a maturidade no som. Em 2017, com a "Quantum Messiah", a gente ainda não tinha noção de como nossa música soava fora do estúdio, foi um "experimento" para ver como tudo iria sair. Foi nossa primeira gravação oficial. Então, ainda não tínhamos ideia do resultado final, mas em 2020, quando lançamos a "The Psalm of Mankind Decadence", já sabíamos o que queríamos no nosso som. Isso ajudou muito no resultado final.
Como foi o processo de regravação de "Misanthropy" através do selo UNP Music?
O álbum foi lançado primeiramente em 2020, de forma totalmente independente, e o responsável por conseguir o contato com o selo UNP Music, foi nosso assessor Johnny Z da JZ Press. Com essa união, conseguimos alcançar uma maior abrangência em termos de território para o nome Apokrisis e também para o relançamento do álbum "Misanthropy".
O que podemos esperar de novidades para ainda este ano?
Temos planos de dar início a uma agenda de shows em território nacional, mas ainda sem confirmações no momento e também já estamos preparando novas composições, possivelmente um novo single ainda para o 1º semestre desse ano, com um videoclipe. E, até o final do ano, vamos lançar outras novas músicas que ainda estamos trabalhando.
O quão importante são as mídias sociais para a divulgação da banda?
As mídias sociais foram extremamente importantes para a banda, principalmente, na pandemia que teve início em 2020, pois nós lançamos nosso álbum exatamente nesse período e não tivemos a oportunidade fazer nenhum show para promovê-lo. Então foi com as mídias sociais que conseguimos divulgar nosso trabalho e pudermos participar de vários festivais online e entrevistas.
Qual sensação vocês tiveram ao - finalmente - poderem retornar aos palcos?
Fizemos um show no Caveira Velha Rock Bar, em Novembro do ano passado e foi ótimo estar em um palco novamente. Realmente, sentimos falta de tocar ao vivo e mostrar nossas músicas para as pessoas que ainda não conheciam nosso som. Gostamos muito de tocar ao vivo, então foi gratificante estar em palco outra vez.
Definam a banda em uma palavra:
Superação!
Confira o minidocumentário sobre a banda, disponibilizado em junho do ano passado, pelo canal do YouTube Headbanger Space: