top of page
Foto do escritorGiselly Vitória

"TEMOS QUE NOS AJUDAR, DAR ESPAÇO A BANDAS E PROJETOS NOVOS", FALA LUISA PHOENIX, VOCAL DO LUNAR 316

Atualizado: 11 de fev. de 2021

O segundo single da banda será divulgado na próxima quinta-feira (11)


Luisa Phoenix, idealizadora do projeto solo Lunar 316. Foto por:

Na última semana, conversamos com Luisa Phoenix, idealizadora do projeto Lunar 316. E através do bate-papo, pudermos conhecer algumas curiosidades sobre a vida pessoal e artística de Luisa, o que ela pensa em relação a cena no Brasil, a falta de união entre as bandas para obterem juntos o crescimento esperado, e sobre o lançamento do EP de estreia.

Criada na metade do ano passado, Lunar 316 transmite ao ouvinte, fortes influências do gênero Darkwave. Além de trabalhar com a música, Luisa também é atriz, e concilia o que faz, juntando o útil ao agradável, "Tento trazer dramaticidade e teatralidade pra Lunar, ao mesmo tempo que meu trabalho como cantora e musicista também me ajudam muito no palco como atriz.", disse.

Luisa é familiarizada com a música desde cedo, autodidata nos instrumentos, participou de "bandas de colégio", foi finalista de uma competição, "Entrei com uma banda no circuito independente de São Paulo e em 2011 acabamos indo parar num concurso de bandas de colegial da Pepsi (Pepsi Music Festival). Fomos finalistas e abrimos um show pra banda Fresno no antigo Credicard Hall. Depois disso, as bandas foram se desfazendo e entrei pra uma escola de Teatro Musical - o que me afastou um pouco do rock", completou.


Acompanhe a entrevista a seguir:



ROCK EM SÍNTESE - Como surgiu o Lunar 316?

LUISA - A Lunar 316 foi criada por mim (Luisa Phoenix) em São Paulo, no meio de 2020. É um projeto solo que surgiu da vontade de expressar o que é mais natural possível pra mim, seja em letra ou instrumental. Pensei em idealizar o projeto me permitindo ao máximo explorar referências de bandas que sempre ouvi - sem julgar elementos que normalmente não seriam misturados - levando à essa combinação diferente da Lunar 316.


ROCK EM SÍNTESE - Além de cantora e musicista, você, Luisa Phoenix, também é atriz. Como você concilia tudo?


LUISA - Em questão de tempo, nem sempre é fácil. Mas a quarentena e o fechamento dos teatros me permitiu esse tempo em casa para trabalhar no projeto onde - sem nenhum personagem à frente - pude ser eu mesma pela primeira vez. Em questão prática, acho que tudo se conversa.


ROCK EM SÍNTESE - Como você definiria “Lunar 316”?


LUISA - Essa é difícil. Eu costumo brincar que o gênero da banda é alternativo-nümetal-darkwave-synth-goth-pop, (risos). Dá pra achar um pouco de cada coisa: guitarras de new-metal, um vocal de rock alternativo, synths característicos do darkwave e gótico mas várias batidas de pop music. Se fosse pra escolher um só, eu diria apenas Darkwave.


ROCK EM SÍNTESE - Quais bandas/artistas influenciam o projeto?


LUISA - O projeto foi influenciado por todas as minhas bandas favoritas, ao mesmo tempo. Os que tiveram influência mais direta foram The Birthday Massacre, Evanescence e Bring Me The Horizon. Mas também teve muita coisa a mais: Lacuna Coil, Depeche Mode, Björk, Alice Glass, She Wants Revenge, Nine Inch Nails e até Lady Gaga. Num geral, bastante coisa de industrial e darkwave.


ROCK EM SÍNTESE - Durante a gravação do EP, você ficou responsável por praticamente todos os instrumentos. Como foi o projeto?

LUISA - Exatamente! Acabei gravando as guitarras, baixos, piano, sintetizadores e a voz. O EP começou a ser produzido no Noise Gate Studio pelo Gui Morales e eu. Cheguei lá com as ideias bem firmes na cabeça, já que como não tinha uma banda, eu realmente teria que gravar tudo pra ver se funcionava… e assim fomos, gravando uma coisa de cada vez e juntando peça por peça. Um pouco depois o André Maya se juntou à nós na produção e começamos a dividir a gravação das guitarras. Hoje pensamos na produção nós três.


ROCK EM SÍNTESE - Qual mensagem você quer passar aos fãs através do single de estreia intitulado “Lunar”?


LUISA - Antes de tudo, eu acho que é uma música de apresentação. É sobre quem eu sou, sobre o que a Lunar 316 é e representa pra mim. Ao mesmo tempo, é se afirmar como uma pessoa “Lunar”: acostumada com um outro lado do mundo, além da claridade, com contextos, sonoridades e sensações diferentes do que se é esperado. Afirmando esse lugar de uma maneira relacionável e identificável. Está tudo bem ser diferente, além do normal, e se sentir “em casa” nesse lugar mais obscuro.


ROCK EM SÍNTESE - O que podemos esperar com o lançamento do EP ainda nesse primeiro semestre?


LUISA - Muito mais da estética estabelecida no single de estreia. Vamos seguir com essa “loucura” no instrumental, misturando metal com gótico, eletrônico e todo o resto das maneiras mais inesperadas possíveis, mas sempre na identidade da banda. Outras letras sobre ser e se sentir diferente, em outra realidade, “outsiders”. Sempre de maneira energética, carregada de drama e intensidade. O segundo single sai no dia 11/02 e é - na verdade - uma versão darkwave/industrial de uma música da Björk, com uso autorizado pela gravadora original!


ROCK EM SÍNTESE - Qual sua opinião sobre a cena no Brasil?


LUISA - É impressionante a quantidade absurda de bandas talentosas que temos, nos mais diferentes estilos e com muita qualidade. Ao mesmo tempo, é muito difícil ter oportunidades de maior visibilidade. Parece clichê mas a verdade é que temos que nos ajudar, dar espaço a bandas e projetos novos no mercado porque o que não falta é talento e muita qualidade.


ROCK EM SÍNTESE - Falta reconhecimento e incentivo da mídia para com a cena?


LUISA - Infelizmente, muito! Há um declínio de bandas de rock e metal em mídias como rádio e TV (que é mundial, não apenas no Brasil). Eu cresci ouvindo System Of A Down e Linkin Park na TV, por exemplo... é difícil a gente ouvir esse tipo de coisa mais pesada em canais ou estações genéricas, hoje em dia. Só rolam em lugares específicos voltados pra rock. E dificilmente tem espaço para bandas nacionais independentes. O streaming ajuda bastante, nesse caso…. é muito mais fácil fazer nossa música chegar a novas pessoas mas, por outro lado, a quantidade de opções é muito maior e é bem mais difícil “fisgar” pessoas novas que de fato vão acompanhar o trabalho. Mas quem sabe isso não começa a mudar, pouco a pouco…? Gosto de acreditar que vai acontecer (risos).

Assista ao videoclipe de estreia do projeto Lunar 316:


62 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page