Pagãn: EP de estreia evidencia evolução sonora e atitude que o heavy metal independente precisa

"Cult", título do EP, marca uma nova fase para a carreira da banda na cena; O compilado contém seis faixas, sendo três inéditas

Pagãn. Créditos: Divulgação

No início deste mês, a banda alagoana de heavy metal, Pagãn, lançou o EP de estreia 'Cult'. O compilado marca uma nova fase para o quinteto que tem ganhado visibilidade e recebido oportunidades para apresentar canções autorais em festivais independentes, como o Metalheads Day, que será realizado de forma gratuita em Maceió.

Como toda banda independente que não possui vínculo com gravadoras, patrocínios e afins, os integrantes do Pagãn investiram tempo e dinheiro no disco que foi criando forma gradativamente em um período quase dois anos.

"Foi uma grande luta para criar, gravar e produzir esse material magnífico. Apoie a cena autoral da sua cidade: compre, divulgue e fortaleça", relatou a banda através das redes sociais.

A evolução sonora é nítida ao decorrer do disco de estreia, a produção em si, projeta a banda para o cenário autoral nacional. Cada umas das seis faixas presentes no EP, transmite um atrativo singular, seja pelos vocais limpos ou pelos guturais que intercalam, fracionadamente, entre si tencionando refrões viciantes e brutais.

Além dos vocais divididos por Any Dayse e Adolfo Silva, o instrumental acompanha a fluidez das letras com o peso simétrico das guitarras que só o heavy metal consegue propor com maestria.

Destaque para as músicas 'The End of Everything', que introduz o EP, e 'Dark Oceans Rise' que apresentam ao ouvinte, as facetas que uma banda independente pode produzir mesmo sem patrocínio e, que, apesar das dificuldades que enfrentam diariamente, é um erro subestimá-las.