Vamos relembrar o dia em a produção do festival teve que 'se virar nos 30' para encontrar um substituto para o cantor Lobão em meio às vaias uníssonas
O ano era 1991, e a segunda edição do festival tinha como sede o Maracanã. Ah! E, tudo ocorria conforme o planejado - ou quase. Até que o tão esperado 'Dia do Metal' deu o ar da graça com uma line-up de dar inveja a qualquer festival internacional da época.
Com Guns'n Roses, Sepultura, Judas Priest, Megadeth e Queensryche na lista de bandas que se apresentariam no dia, milhares de metaleiros foram ao estádio carioca para curtir a brutalidade imposta pela sonoridade digna da cena.
Mas... Eis que, no mesmo dia, após a apresentação do Sepultura, Lobão iria performar para um público sedento por metal... Bem, não tinha como dar certo, né?!
Ou será que tinha?!
Desde o momento em que o cantor pôs os pés no palco, foi alvo de xingamentos assíduos e arremessos de objetos. O que não agradou nada ao polêmico artista que, ao iniciar a segunda canção, pediu para que a banda interrompesse os trabalhos para expressar seu descontentamento com tamanha ignorância que recebia.
O cantor mandou todos 'ir para aquele canto' e em seguida, aos seis minutos de performance, abandonou o palco. "Vocês vão todos vão tomar no c*, exceto quem não tá tomando no c*", reclamou o cantor.
A produção do festival optou por deixar a bateria da escola de samba Estação Primeira de Mangueira - que encerraria o show de Lobão - concluir o horário previsto para a apresentação do artista.
Em entrevista para o MTV Brasil, o cantor comentou sobre seu pensamento antes da desistência do show: "Eles vão me sacanear, eu vou fugir e tocar até o final'. E isso não aconteceu porque nós estávamos fisicamente ameaçados".
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